Órgão acumula, por ano, uma média de 3.500 denúncias.
Por dia, 15 médicos são denunciados ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), sendo a maioria das queixas relacionadas a clínicos gerais, cirurgiões plásticos e ginecologistas. De acordo com seu presidente, Bráulio Luna Filho, o órgão acumula, por ano, uma média de 3.500 denúncias. Deste volume, 20% resultam em algum processo, dos quais 60%, em condenação e com algum tipo de punição, que varia de uma advertência até a cassação do registro. Segundo o conselho, um processo pode durar até cinco anos para ser encerrado.
O aumento das denúncias pode estar relacionado à elevada abertura de faculdades de medicina no país.Uma prova aplicada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), obrigatória há três anos para quem deseja obter o registro no Cremesp e atuar como médico, apontou que, dos 2.891 recém-formados no estado, 55% não atingiram o critério mínimo de conhecimento para atender pacientes.
Entre os egressos de faculdades particulares, 65% foram reprovados. No começo do ano, quando o resultado foi divulgado, preocupados com este cenário, os representantes do Cremesp anunciaram que estudariam medidas para exigir melhor preparo dos profissionais.
O Cremesp não informou quantos médicos tiveram o registro profissional cassado e quantos deixaram de atuar. Dados apontam que dos nove médicos que tiveram o registro cassado entre 2010 e 2013 em São Paulo, dois perderam o registro por causa de denúncias de abuso sexual. Um deles é Roger Abdelmassih. Preso no ano passado, estava foragido da Justiça havia três anos e condenado por 52 estupros contra 39 mulheres.
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