Este site não se responsabiliza pelas informações contidas, apenas redireciona para páginas de interesse através de links.

As postagens são identificadas pelo seu autor. Ausência de conflitos de interesse.

domingo, 17 de junho de 2012

Sensores wireless reduzem dias na UTI

Constatou-se queda de 47.2% na taxa total de dias na UTI para transferências entre os períodos de pré-intervenção e pós-intervenção. Tecnologia permite que um número menor de médicos acompanhe pacientes em estado crítico.

O número total de dias na UTI e o número geral de dias de internação são reduzidos quando pacientes hospitalares são continuamente monitorados com o uso de sensores sem contato, de acordo com um novo estudo.

O levantamento Efeitos do Monitoramento Contínuo de Pacientes Sem Contato em uma Unidade Médico-Operatória em Transferências de Unidades de Tratamento Intensivo: Estudo Clínico Controlado, pelo Centro de Pesquisa e Prática de Segurança de Pacientes, do Hospital Brigham e Women e da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston, Massachusetts, foi conduzido no Hospital Newton-Wellesley, um hospital de tratamento intensivo em Newton, Massachusetts.

Como parte do estudo, pesquisadores utilizaram o sistema EarlySense, da EarlySense Inc., empresa baseada em Waltham, Mass., em uma unidade médico-operatória com 33 leitos. Eles posicionaram monitores ao lado dos leitos e uma estação central de assistência, na unidade, além do sistema integrado com a ajuda de telefones celulares.

Os pesquisadores analisaram cerca de 7.600 gráficos de pacientes; mais de 2,3 mil deles eram pacientes com sensores posicionados debaixo do colchão, e não presos à pele. Os outros pacientes, em três áreas controladas separadas, não receberam esse sensor especial e os dados foram coletados tradicionalmente, via taxas respiratórias, cardíacas e de movimento.

Os pacientes no grupo do sensor wireless tiveram uma redução de apenas dois dias no tempo médio de permanência na UTI (uma redução de 45.9%), em comparação com as intervenções pré e pós, com tendência à declinação no número de transferências. Os resultados se traduziram em uma queda de 47.2% na taxa total de dias na UTI para transferências entre os períodos de pré-intervenção e pós-intervenção.



Além disso, o tempo de internação dos pacientes em unidades médico-operatórias também foi substancialmente reduzido, seguido de intervenção de, em média, 0.4 dias, uma redução de quase 10%.

Como as equipes médicas são reduzidas nos hospitais por fatores econômicos e regulatórios, agora, menos profissionais são necessários para lidar com os pacientes mais críticos. O que, em troca, aumentou a demanda por monitoramento remoto, que permite que os médicos identifiquem os primeiros sinais de piora dos pacientes.

“O sistema identifica, eficientemente, os primeiros sinais e permite que os médicos intervenham mais cedo. O sistema monitora continuamente os sinais vitais do paciente sem tocar em seu corpo”, disse Avner Halperin, CEO da EarlySense, para a InformationWeek Healthcare. Halperin disse, também, que o sistema pode funcionar completamente como stand-alone e tem interfaces padrão para o prontuário eletrônico do hospital. Um dos principais desafios com os sensores com fio tradicionais, de acordo com Halperin, é que cada vez que um deles se desloca ou se solta, um alarme é ativado. Os médicos geralmente ignoram esses alarmes porque eles ocorrem com frequência. “Quando os sensores não tocam o corpo, não existe esse desafio, e é um monitoramento muito mais limpo”.

“O monitoramento sem contato melhora, significativamente, o monitoramento porque permite ver como o paciente está respirando e se está se mexendo e quanto está se mexendo”, disse David Bates, Diretor de Qualidade da Divisão Interna de Medicina Geral do Hospital Brigham e Women, à InformationWeek Healthcare.

Bates acrescenta que a eliminação de condutores e fios no corpo permite mais mobilidade ao paciente e reduz as chances de quedas. “É bom não ter mais fios que o necessário.”


Fonte: Anthony Vecchione | InformationWeek EUA; replicada pela InformationWeek Brasil